Intitulado “Moedas de Ouro Portugal, Brasil e Estrangeiras. Medalhas e Notas”, este 137º leilão online da Numisma vai realizar-se já no próximo dia 22 de Junho, em duas sessões, através das plataformas “bidspirit” e “bidinside”, apresentando 591 lotes.
Como é tradicional nos catálogos da Numisma S.A., são apresentadas fotografias de todos os lotes, bem como uma descrição dos diversos itens, que cobrem um longo período de amoedação, desde o Mundo Romano ao Contemporâneo, onde se destaca, naturalmente, a numária de Portugal e antigas colónias.
Contudo, deve atender-se que outros motivos de interesse do leilão são: os lotes reservados à numária estrangeira (lotes 365-493) constituídos essencialmente por moeda de ouro e prata e emissões especiais, onde prima a representação de Espanha (lotes 378-94), França (lotes 401-35) e Reino Unido (lotes 452-70); o bom conjunto de medalhas, maioritariamente portuguesas ou referentes a Portugal, algumas de grande valia pelo seu interesse histórico ou raridade, como o exemplar de prata comemorativo da aclamação de D. João VI (lote 497) ou as medalhas assinadas por Molarinho, afamado artista do século XIX (lotes 520-21, 527, e 551); os últimos lotes de condecorações que pertenceram a um reputado colecionador portuense, associado da SPN; fecham o leilão um pequeno conjunto “tokens” do Reino Unido e 10 lotes raros de papel-moeda colonial português (lotes 581-90), essencialmente de Angola, onde pontifica, alguns exemplares com furos ou picotados do seu cancelamento ou inutilização oficial.
As moedas de Portugal e antigas colónias constituem o núcleo central deste 137º Leilão Numisma (lotes 22-364), onde se encontram lotes, simples e múltiplos, quer da monarquia quer da República, seja de emissões normais ou especiais e comemorativas, de ouro, prata e cuproníquel (lotes 225-80), merecendo a nossa particular atenção: os valiosos e mui apreciados Dobrões de João V, de 1725 e 1726 (lotes 69 e 70). Também merece uma referência o invulgarmente extenso conjunto de lotes (186-224) de provas de moeda portuguesa emitida durante o “Estado Novo” que despertará a curiosidade de alguns colecionadores. Por último, entre os lotes reservados à moeda colonial portuguesa, uma palavra de destaque para a interessante “cruzeta” de cobre das minas de Catanga (lote 293) e para o raro São Tomé de 1 Xerafim, G-A, de João V, saído da casa da moeda de Goa em 1717 (lote 326).
Em suma, estamos perante um leilão de qualidade que, apesar de incluir alguns exemplares de grande valia, apresenta um extenso conjunto muito diversificado de lotes, de valores mais acessíveis, facto que certamente motivará a participação de um maior número de colecionadores nesta venda pública, o que a bem da Numismática se deve saudar.
RC
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