Em excelente catálogo de 120 páginas, com a ilustração dos 645 lotes e um generoso número de 28 estampas com a reprodução em fotografias de alta qualidade dos lotes de maior destaque, a Numisma S.A. apresenta leilão n.º 135, o sexto e último de 2022, que, como é timbre, integra lotes de elevada qualidade, onde se encontram algumas preciosidades e que decorrerá nas plataformas online bidspirit e bidinside, em duas sessões (início às11H00 e 15H00), no próximo dia 14 de dezembro.
Não sendo habitual, este leilão tem o atrativo de abrir com uma interessante coleção de condecorações (lotes 1-63) que irá animar a comunidade de aficionados pela falerística, onde sobressai um grupo de lotes de placas de peito de diversas ordens.
Seguem-se pouco mais de seis dezenas de lotes de medalhas (lotes 64-126), nacionais e estrangeiras, com destaque para o raríssimo exemplar áureo dedicado à Infanta D. Catarina de Bragança e Carlos II de Inglaterra (lote 64), não registado por Lopes Fernandes e Lamas.
A bibliografia numismática ocupa os lotes sequentes (lotes 127-82), disponibilizando-se alguma literatura da especialidade, onde figuram alguns clássicos nacionais, de Teixeira de Aragão (lotes 130 e 167), de Batalha Reis (lotes 158-59), Ferraro Vaz (lotes 161 e 179), entre outros, bem como catálogos de coleções de moedas, de leilões e outras obras de numismática.
A venda pública prossegue com lotes de numerário grego (lotes 183-85), romano (186-209), visigodo e bizantino (210-11), encerrando a 1ª sessão com moeda muçulmana (212-34).
A 2ª sessão é reservada quase na totalidade à numária de Portugal (lotes 235-552) e antigas colónias (lotes 553-634), terminando com um pequeno grupo de numerário estrangeiro (lotes 635-45). Ainda que a maioria destes lotes se apresentem, em termos genéricos, no mínimo de estado de conservação estimável a excecional, muitos há que também são de muito elevada raridade, sendo fastidioso elencá-los aqui. Por isso, destacaremos as peças que mais nos despertaram a nossa atenção como: os sempre valiosos Dobrões de João V, de 1726 e 1727 (lotes 305-6); o Quartinho de José I, 1776 (lote 324; este é o 2º exemplar referenciado); a Meia Peça de Maria I e Pedro III, de 1784 (lote 336); a sempre procurada Peça de Miguel I, de 1830 (lote 388); a raríssima moeda de 5000 Réis de Maria II (lote 397); os 50 Centavos de 1925 (lotes 492), os 20 Centavos de 1922 (lotes 496-97) e a mítica moeda da República Portuguesa, o Centavo de 1922 (lote 499), em excelente estado de conservação, um dos 6 exemplares conhecidos e, seguramente, o espécime mais valioso apresentado neste leilão, com um preço base de licitação de 50.000 Euros. No referente ao numerário das antigas colónias portuguesas, merecem realce as muito raras frações de Bazaruco, de João III e Filipe II (lotes 486-87) e o soberbo ensaio de 5 Réis de Maria II (lote 600).
Em suma, pelo que ficou dito, pode-se afirmar que este leilão 135 da Numisma S.A. encerra com brilho o ano de 2022, augurando um Ano Novo pleno de surpresas e sucessos.
Rui Centeno
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