A 25 de setembro, a partir das 15:30 Horas, no Jupiter Lisboa Hotel, vai decorrer mais uma venda pública da Numisma Leilões (n.º 119), com apenas 284 lotes. Relativamente "à norma" nos leilões desta casa lisboeta, o número de lotes agora apresentado é muito inferior mas tal não significa que o presente leilão terá menos qualidade e interesse. Muito pelo contrário, são apresentadas moedas que muito raramente aparecem no mercado numismático e, por isso, estamos certos que a realização desta venda será muito participada.
Dos 284 lotes, 96 são de moeda de ouro (à exceção do lote 96) portuguesa, e estrangeira, sendo os restantes 188 lotes reservados a medalhas, sobretudo, de Portugal mas também de outros países. sabendo-se que algumas das peças a leiloar, pertenceram às coleções de Pedro Batalha Reis e de Salomão Seruya.
Nos primeiros 96 lotes de moedas encontram-se verdadeiras preciosidades, com realce para as "5 magnificas", feliz designação de Javier Salgado no Prefácio do catálogo, ao referir-se aos cinco exemplares de alta raridade e em estado de conservação de MBC* a Soberbas, que merecem no catálogo uma ilustração e textos específicos para cada uma. As peças em questão são também as nossas preferidas: um belo Morabitino de Sancho I (n.º 10), uma espetacular Dobra Gentil de Fernando I, um raríssimo Justo de João II (n.º 12), que pertenceu ao ilustre numismata Pedro Batalha Reis, desconhecido até hoje e não referenciado em estudo recente sobre este tipo de moedas, um Engenhoso, sem data, de Sebastião I (n.º 14), moeda muito apreciada e procurada e, por último, os 500 Reais de Henrique I (n.º 15), de extrema raridade. É muito difícil em um mesmo leilão aparecerem cinco moedas como estas, de elevada raridade e interesse histórico e colecionístico, verdadeiras peças de museus!!!
Mas, para além das "5 magníficas", encontramos um conjunto de nove lotes com moedas visigodas (n.º 1-9), a maior Belas e Soberbas, batidas em diversas casas da moeda, localizadas em território espanhol. Segue-se um significativo elenco de moedas de ouro (n.º 16-78), impressivo estado de conservação, emitidas entre Pedro II e Luís I, onde se encontram exemplares como o Dobrão, 1726M (n.º 17), o Meio Dobrão, 1727 M (n.º 24), juntamente com um boa diversidade de Peças até Maria II, bem como exemplares de Pedro V e Luís I.
A moeda estrangeira (n.º 78-96) está representada por numismas de ouro, entre outros países, da África do Sul (n.º 79-85) e Inglaterra (n.º 92-4), sempre muito apreciadas.
A "segunda parte" deste leilão foi reservada à medalhística, fundamentalmente portuguesa ou referente a Portugal (n.º 97-280), seguida por quatro medalhas inglesas em ouro de grande valor (n.º 281-84). Entre o primeiro grupo, encontra-se uma medalha de ouro, fundida no século XVIII (n.º 97), que replica a original Medalha da Rosa, dedicada a D. Leonor, emitida no século anterior, de que não se conhecem exemplares em ouro. Também são dignas de destaque a raríssima de medalha de ouro comemorativa da inauguração da Estátua Equestre de D. José I, de 1775 (n.º 98) e a bonita peça em nome de Pedro V, que tem por mote, a máxima ciceroniana, HONOR ALIT ARTES (n.º 99), a que se segue um interessante diversificado conjunto em prata e outros metais.
Enfim, não é muito elevado o número de lotes deste leilão mas, o grupo de peças muito valiosas de grande valor histórico muito dificilemte se encontrará em outros leilões, daí a especial importância deste evento numismático que, acompanhado por um belo catálogo, muito dignifica a Numisma Leilões.
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