No próximo dia 27 de abril, a partir das 10:30 Horas, a empresa Numisma Leilões, especializada no comércio numismático, vai organizar em Lisboa (no Jupiter Lisboa Hotel, sito na Avenida da República, 46) o seu 113ª leilão, onde vão ser levados à praça 735 lotes de moedas do Mundo Clássico, de Portugal e Colónias, de diversos paises estrangeiros e papel moeda, bem como condecorações e medalhas. Como vem sendo timbre nos leilões da Numisma, uma percentagem considerável dos lotes são de moeda de ouro, sendo algumas de elevada raridade, sem esquecer que entre os restantes lotes se encontram peças também de muito interesse, como se pode verificar no atrativo catálogo produzido para este evento.
O leilão abre com um expressivo conjunto de moedas da Antiguidade (lotes 1-228), em especial da República e do Império Romano com um muito variado de denários, diversos bronzes e alguma moeda de ouro. Assinale-se a presença de alguns denários em superior estado de conservação, a que certamente não serão indiferentes alguns colecionadores, mas a nossa preferência vai para o magnífico tremisse da série LATINA MVNITA, atribuído ao Reino Suevo na Penísula Ibérica, peça que brilhará em qualquer coleção pública ou privada, dada a sua importância histórica e iconográfica.
Entre a numária portuguesa (lotes 229-450), o belíssimo tornês de D. Dinis (lote 244 = Numisma, Leilão 102, lote 43) merece o primeiro destaque, moeda muito rara e valiosa, sendo um dos 18 exemplares inventariados em coleções públicas e privadas. Neste apartado reservado às moedas portuguesas, são de referir: o ceitil arábico de D. Manuel I (lote 258), peça de muito difícil presença em leilões nacionais e estrangeiros, a soberba Moeda de 1690 de D. Pedro II (lote 300), um sempre cobiçado dobrão joanino de 1727 M (lote 311), os raros exemplares de 2000 Réis de 1870 e 1888, de D. Luís I (lotes 385 e 390), os sempre apetecíveis 20 centavos de 1922, da República (lote 418), e um curioso ensaio em latão de 10 escudos de 1928 (lote 418). Nos lotes de moeda colonial portuguesa (lotes 451-87), a nossa atenção vai naturalmente para o raro exemplar de 12 macutas de 1762, de D. José I (lote 452).
A moeda estrangeira (lotes 488-562) tem uma boa representação de libras britânicas, cunhadas na África do Sul (lote 489 e segs.), Austrália (lote 495 e segs.) e no Reino Unido ((lote 537 e segs.) a parte de outros lotes de interesse. Segue-se o conjunto de condecorações portuguesas e estrangeiras (lotes 563-72) e um seleto grupo de medalhas portugesas, de prata e cobre, as mais antigas dos século XVIII até ao século passado, onde deparamos com alguns exemplares significativos da medalhística portuguesa (lotes 573-674). Os lotes que encerram este leilão são constituídos por notas essencialmente de Portugal e Colónias (676-712) e por ações (675 e 713-35), merecendo uma referência os ensaios ou provas de 50.000 e 5.000 Réis, da autoria de D. Netto (lotes 709-12).
Como facilmente se constata, os motivos de interesse para participar em mais este leilão são bem evidentes, cumprindo-nos felicitar a Numisma Leilões por mais esta realização.
RC
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