O VIP Grand de Lisboa Hotel & SPA vai acolher em 22 de junho próximo, um novo leilão com o sugestivo título "Moedas de Ouro. Coleção Lezírias", organizado pela empresa lisboeta Numisma Leilões, S.A. em que serão levados à praça 513 lotes, onde, como se depreende pela denominação do evento, pontifica a moeda de ouro de Portugal (sobretudo entre os n.º 135 e 404) e alguma estrangeira (entre n.º 452-98).
Os primeiros quarenta e três lotes são reservados à numaria Clássica, Bizantina, Visigoda e Mulçulmana, onde se destacam dois belos estáteros de Lisímaco e de Filipe II da Macedónia (lotes 3 e 9), um triente de Recaredo I e batido em Elvora (Talavera de La Reina) (38). Uma observação ao lote n.º 8 que, por lapso, foi classificado como um tetradracma de Alexandre III, o Magno, quando na realidade é de Seleucus I Nicator (312-280 a.C.).
O núcleo central do leilão é constituído por lotes de Portugal e antigas colónias (n.º 44-451), abrindo com dois espetaculares morabitinos de Sancho I (n.º 44 e 45) e um outro de Afonso II (n.º 49), infelizmente, com falta de um fragmento. Também dignos de nota são os lotes números 56 (meio real branco de Samora Ç-A/C, de Fernando I), 79 (um excecional meio justo L, de João II), 118 (raríssimo tostão de 164), 142-6 (os sempre apreciados dobrões de João V, representados com as datas 1725M, 1726M e 1727M), 343 (uma valiosa peça de 1821, de João VI) 366 (muito raro dobrão de 1727M com a contramarca do escudete coroado, de Maria II), e, finalmente, 409 (os sempre ambicionados 50 centavos de 1925). Entre a numária das antigas colónias (n. 434-51) o destaque vai para as 12 macutas de José I, de 1762 (n.º 434) e a moeda de "ocho reales" mexicanos de 1892, contramarcada com a cruz potentada, para circulação em Timor (n.º 450).
O leilão encerra com um atrativo conjunto de lotes de moeda estrangeira (n.º 452-98), onde podemos encontrar alguma moeda de ouro da África do Sul, Cabo Verde, Estados Unidos da América e Reino Unido, e um pequeno grupo de medalhas (n.º 499-510) e curiosidades (n.º 511-3), sendo devida uma referência a duas medalhas de ouro, da autoria de João da Silva, comemorativas da coroação e a aparição de nossa Senhora de Fátima, datadas de 1946 e 1951, que foram propriedade do Doutor Oliveira Salazar.
Uma nota final para o cuidado posto na produção deste catálogo, onde se ilustra a maior parte das peças a leiloar, como é timbre da Numisma Leilões.
Rui Centeno
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